Chuva ameniza efeitos da estiagem

Em áreas agrícolas atendidas pela equipe da Farótti/Agricenter de Frederico Westphalen, foram registrados entre 30mm e 40mm

Quinta, 16 de Janeiro de 2020

A chuva registrada desde a noite da quarta-feira, 15, e que segue nesta quinta-feira, 16, vem como um alívio para a agricultura. Apesar de não reverter totalmente o quadro, essas precipitações são classificadas como um fator amenizador dos efeitos da estiagem registrada em maior parte do Estado. Em áreas agrícolas atendidas pela equipe da Farótti/Agricenter de Frederico Westphalen, foram registrados entre 30mm e 40mm – dado checado com alguns agricultores. Há outros locais com variações mais altas, segundo levantamento da Novo Rural.

– Vale ressaltar que em áreas que têm um manejo de solo mais apropriado, com cobertura de solo, por exemplo, as perdas são bem menores. Isso realmente tem sido um diferencial para algumas lavouras – observa o engenheiro-agrônomo Elemar Zanatta da Rosa, da Farótti/Agricenter de Frederico Westphalen.

Em relação aos tratamentos fitossanitários, ele reforça que, com o retorno das chuvas, é hora de o agricultor colocar as aplicações em dia, uma vez que a falta de umidade fez com que muitos fossem forçados a deixar intervalos maiores entre as aplicações de defensivos agrícolas.

– É importante colocar isso em dia, seja para controle de doenças, principalmente na soja que está na fase reprodutiva, e também de pragas, como o percevejo – exemplifica o profissional.

Áreas de milho com colheita avançada

Em Palmitinho foram registrados índices de até 50mm de chuvas até esta manhã de quinta-feira. O engenheiro-agrônomo Esmael Barro, da Emater/RS-Ascar de Pinheirinho do Vale, comenta que, por lá, o volume de chuva foi de 33 mm. A maioria das lavouras de milho plantadas precocemente já foram colhidas. Já as de soja se encontram em desenvolvimento vegetativo.

Ainda segundo ele, diferente de outras localidades, a falta de chuva nas lavouras de milho, soja e áreas de pastagens de Pinheirinho do Vale começou a ser sentida do início de janeiro.

– Não contabilizamos tantas perdas nas lavouras se comparado as outras localidades da região. Mas, esse período sem chuvas e de altas temperaturas já bastou para deixar os produtores apreensivos. Esse volume de chuvas vai reabastecer o solo. Ainda teria a questão de reabastecer os açudes e poços artesianos, mas precisamos esperar mais alguns dias para ter dados mais precisos sobre este cenário – avalia.

Em Iraí, onde a área de milho corresponde a 2,5 mil hectares e a da soja a 4 mil hectares, a chuva também trouxe um alívio para os produtores, mesmo que em pouco volume. O pluviômetro do município marcou 20 mm nesta quarta e quinta-feira.

Segundo a extensionista social Vanessa Dal Canton, da Emater/RS-Ascar, o município está apreensivo quanto a estiagem, já que a situação também atinge o consumo humano e animal de água. "Estamos alinhados e trabalhando junto a administração municipal para ver quais medidas serão tomadas. Essa volume de chuva está sendo bom para as lavouras, mas precisamos ver como impactará na disponibilidade de água de forma geral", analisa.

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